Para quê comer carne? – parte 2


O comportamento do homem para com os animais é inseparável do comportamento dos homens entre si“. Herbert Spencer

Não convém que o ser humano se alimente com a carne dos animais. Aqui estão algumas das razões.

Destruição do meio ambiente, fome e manutenção da violência.

  1. A produção de centenas de milhões de toneladas anuais de carne para alimentar apenas uma parcela da população gera uma enorme devastação no meio ambiente e, no fim, ainda é uma das maiores – se não a maior –  razões da fome no mundo.
  2. Submetemos bilhões de animais a uma terrível dor e isso tem consequências definitivas não só para eles, mas também para nós mesmos. A lei da atração faz com que pensamentos, sentimentos e ações atraiam seus semelhantes. Desta forma, bilhões de mortes violentas anuais de animais, precedidas de muita tortura, atraem uma enorme quantidade de terríveis problemas para a humanidade e, desta forma, será totalmente impossível vivermos num mundo pacífico, limpo e justo enquanto comermos carne. Estes itens 1 e 2 estão documentados em um vídeo apresentado na primeira parte deste texto.

Desrespeito à natureza e ao propósito de existência do ser humano.

  1. Não somos naturalmente carnívoros, o que nos mostra nosso próprio corpo  biológico. Sendo assim, comer carne por muito tempo leva, inevitavelmente, a problemas de saúde.
  2. Freamos nosso desenvolvimento pessoal e espiritual. Como este desenvolvimento é essencialmente nossa missão e como há um limite a partir do qual é impossível se avançar maltratando, matando e comendo animais, o hábito de comer carne não é uma opção e seu desrespeito não fica impune.

Verificando o que já sabemos

Comecemos por um breve exercício. Responda rapidamente, em até 5 segundos, cada uma destas questões.

  1. Roube uma pessoa. Isso está certo?
  2. Ajude uma pessoa. Isso está certo?
  3. Colha uma fruta de uma árvore. Isso está certo?
  4. Mate um animal. Isso está certo?
  5. Mande matar um animal. Isso está certo?
  6. Mate uma pessoa. Isso está certo?
  7. Mande matar uma pessoa. Isso está certo?

Já temos uma boa sabedoria sobre sobre o certo e o errado. Uma sabedoria que transcende as moralidades culturais. Também é de nosso conhecimento que toda ação gera consequências compatíveis com ela. Sendo assim, se fizermos coisas corretas, criaremos uma situação melhor para todos, e se fizermos coisas erradas, teremos que pagar pelo erro. Cada erro terá que ser pago na sua própria medida. Não há como burlar esta lei universal e quem pensa que um erro pode ser minimizado ou pode ser pago pelos outros é porque ignora o quadro completo.

Considerando isso, vamos agora avaliar nossa alimentação.

Verificando se somos carnívoros

O canibal

Você aprecia comer carne humana? Você mataria uma pessoa, a carnearia e a comeria crua e sem nenhum tempero? Caso afirmativo, você gosta desta carne e é canibal.

E mesmo não tendo que matar e carnear pessoalmente, você ainda comeria esta carne crua e sem nenhum tempero? E se fosse um sofisticado banquete com a carne bem disfarçada entre outras iguarias? E se você não soubesse se tratar de carne humana?

Muito provavelmente, no nível de sensibilidade e desenvolvimento de um carnívoro que se interessa apenas pela carne dos animais, a mera idéia do canibalismo é repugnante e inadmissível. Percebe-se um comportamento muito grosseiro, pesado e maligno no canibal.

O carnívoro

Existe alguma outra carne de que você goste? Você mataria o animal que a provê, o carnearia e o comeria cru e sem nenhum tempero? Caso afirmativo, você gosta desta carne e é carnívoro.

E mesmo não tendo que matar e carnear pessoalmente, você ainda comeria esta carne crua e sem nenhum tempero?

Muito provavelmente, para um vegetariano o carnivorismo é repugnante. Percebe-se um comportamento muito grosseiro e pesado no carnívoro. E também se nota que, mesmo que de forma inconsciente, há uma conotação maligna no hábito alimentar do carnívoro.

O vegetariano

Existe alguma fruta de que você goste? Você a apanharia da árvore que a originou e a comeria crua e sem tempero? Caso afirmativo, você gosta desta fruta e é vegetariano.

Muito provavelmente você é um vegetariano que finge ser carnívoro, já que precisa  disfarçar o sabor da carne de todas as formas possíveis através de nossa rica culinária. Além disso, possivelmente nem tenha condições ou coragem de matar e carnear com suas próprias mãos.  Muito provavelmente também não é canibal e sequer teria coragem de provar a carne humana.

Não somos carnívoros

O seguinte texto foi extraído do livreto “Paz e Amor Bicho” que contém muitas informações sobre o consumo de carne e suas consequências.

Um mundo de energia e as consequências da matança dos animais

A natureza não tem recompensas nem castigos: tem consequências“.

Uma situação conhecida de todos é a de estarmos em um lugar qualquer e, de repente, chega uma pessoa que, mesmo sem nada dizer ou fazer, carrega o ambiente com um peso sensível. Ou com uma alegria que se irradia aos presentes. Sem dúvida, todos conhecem esta situação. O que é isso? Uma mera consequência do fato de que estamos imersos num mundo invisível de pura energia que permeia a tudo e a todos e, além disso, que nós criamos, propagamos e nos influenciamos por esta energia.

Agora imagine e avalie estas situações.

  1. Você tem um animal de estimação. Possivelmente ele lhe traga afeto, afaste a solidão e traga um bom astral a você e a sua casa. Observe a energia positiva que pode existir aqui e as consequências em sua vida.
  2. Alguém maltrata seu animal de estimação diante de você. O que você sente? Imagine a energia que existe aqui e as consequências em sua vida. Imagine também o tempo que demorará até os sentimentos associados a esta situação desaparecerem.
  3. Um bezerro nasce e é afastado imediatamente de sua mãe. Ele é colocado em um local bem apertado onde não possa se movimentar muito para não endurecer sua carne. Uma coleira é colocada neste bebê bovino e ele é mantido sempre no escuro. Um dia ele é morto de forma não exatamente delicada. Todo esse sofrimento do bezerro, da vaca que é sua mãe e das pessoas que fazem isso e, por isso, se brutalizam mais e mais, serve apenas para que algumas pessoas possam “saborear” um baby-beef. Imagine a energia que existe aqui e as consequências nas vidas de todos. Se você pesquisar sobre o que já sabemos a respeito de energia, evolução e espiritualidade, constatará que tal realidade gera problemas bem piores do que provavelmente supunha.
  4. Imagine o item 3 – e variações dele – sendo executado milhões de vezes a cada dia em nosso mundo. Cada energia do item 3 multiplicada milhões de vezes. Diariamente. Onde vai parar esta energia? Lembre-se que, conforme vimos, ela entra em você e define grande parte de sua vida.

É conveniente sabermos o que acontece com cada animal que usamos para satisfazer nossos desejos alimentares e de expressão errônea de poder. Clique aqui para ver como é o processo da morte de cada um deles.

O mundo não físico e o carma

Como o mundo é feito de energia, assim somos nós também. Temos outros corpos além do físico. Os acupunturistas sabem disso há milênios, pois espetam suas agulhas em canais energéticos – chamados meridianos – de nossos corpos. Não são locais físicos, mas energéticos. Temos auras visíveis para muitas pessoas.

Sabendo disso, o que acontece quando morremos. Consideramos como morte o fim das atividades biológicas do corpo físico. Mas, e os outros corpos? O que acontece com eles? Onde ficam ou para onde vão? Sem nos aprofundarmos aqui sobre quais são os corpos e como se dá o processo do pós morte, basta sabermos que algo continua e que este algo não muda só porque o corpo morreu. Além disso, assim como já vimos que sentimentos e energias de outros nos afetam em vida, esse algo que continua também o faz. Interessante, não? Ora, se os animais também possuem alguns dos corpos em comum conosco, esse corpo astral deles subsiste por um tempo, no mínimo. Mas, se ele não muda só porque o corpo morreu, assim como seus sentimentos e experiências de vida, do que estamos falando então? O que aconteceu na vida desse animal que teve a infelicidade de ser visto como alimento pelo ser humano. O que ele sente pelo homem? E quais as consequências deste retorno que recebemos deles em nossas próprias vidas?  Ah, lembre-se de que estamos falando de bilhões de animais torturados e cruelmente sacrificados. Falamos de muita dor emocional e física sendo gerada diariamente e que tem em nós, seres humanos, os culpados.

Annie Besant (1847-1933), na página 39 de seu livro “A Sabedoria Antiga” (veja nas referências abaixo) escreveu: “Os corpos astrais dos animais têm, no plano astral, uma existência independente, embora efêmera, após a morte haver destruído sua contraparte física. Nos países “civilizados” estes corpos astrais animais contribuem muito para aumentar o sentimento geral de hostilidade de que falamos antes, pois o massacre organizado de animais nos matadouros e por esportes lança anualmente no mundo astral milhões e milhões destas criaturas cheias de horror, de terror e de aversão aos seres humanos. … e as correntes geradas por esses derramam influências no mundo astral sobre as raças humanas e animais que os afastam ainda mais e produzem, de um lado, o temor e a desconfiança instintiva, e de outro, o desejo de infligir crueldade“.

No verbete Carma da  Wikipédia, temos que “Carma, na física, é equivalente a lei: ‘Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário’. Neste caso, para toda ação tomada pelo Homem ele pode esperar uma reação. Se praticou o mal então receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou o bem então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado“.

Uma das consequências que atribuímos para nós pode ser sentida no comportamento humano nas cercanias dos matadouros. Numa interessante publicação do blog de Luísa Mell temos que o autor Upton Sinclair, em seu romance The Jungle (“A Selva”, 1906), constatou estatisticamente que o mundo infernal de um matadouro estimula o comportamento violento também entre os humanos. Leia aqui!

Evolução humana e alimentação

Estamos imersos – e fazemos parte – num universo extremamente organizado. Algo que se vê a todo lado é a evolução. Neste sentido, visualize os seguintes seres e tente imaginá-los atacando, trucidando e devorando qualquer ser vivo que esteja a seu alcance.

  1. Um inseto.
  2. Um macaco.
  3. Um ser humano pré-histórico das cavernas.
  4. Um ser humano residente em uma grade metrópole do século XXI.
  5. Um anjo.

Não pense muito. Apenas conscientize-se sobre o que você já sabe. Ah sim, anjos não existem. Será? Para nosso propósito aqui não importa, pois a imagem de pureza de um ser angelical todos temos.

Isso nos leva a seguinte linha evolutiva humana em relação a sua alimentação e corpo. A princípio, este é apenas um exercício de imaginação. Não é exatamente real, pois consta, em algumas pesquisas espirituais, que nunca fomos carnívoros. Mas, isso é tema para outro texto.

  1. Corpo físico e comportamento rudes. Canibais.
  2. Corpo físico e comportamento rudes. Carnívoros.
  3. Corpo físico e comportamento mais sutil. Carnívoros e vegetarianos.
  4. Corpo físico e comportamento mais sutil ainda. Veganos.
  5. Corpo físico e comportamento mais sutil ainda. Precipitação e síntese alimentar a partir do prana universal.
  6. Corpo não físico (etérico) e comportamento mais sutil ainda. Alimentação direta a partir do prana universal.

Triste realidade da situação atual

  1. Em relação à emissão de gases que provocam o tão falado aquecimento global, segundo o filme que está aqui temos que:
    1. 18% é proveniente da pecuária;
    2. 13% é proveniente dos transportes e indústria.
  2. 2. Desmatamos e plantamos para alimentar animais que, depois, alimentarão com sua carne apenas parte da população mundial. A proporção é de 14:1. Isso quer dizer que plantamos grãos que alimentariam 14.000 pessoas para alimentar animais que, por sua vez, alimentarão apenas 1.000 pessoas. E em termos de proteínas, um boi as consome do reino vegetal, afinal ele é um herbívoro, e nos devolve, em sua carne, apenas 10% desta proteína. Talvez seja por isso que os maiores e mais fortes animais da Terra sejam herbívoros. De nossa parte, só podemos concluir que implementamos plano alimentar bem burro.

Resultado final: fome humana, para sorte de alguns animais.

Referências:

  1. Besant, Annie; “A Sabedoria Antiga – Uma síntese dos ensinamentos teosóficos”; 1998, 16ª edição; Editora Teosófica (edição original de 1898)
  2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Carma
  3. http://pt.scribd.com/doc/2066300/Animais-para-consumo
  4. http://www.luisamellsite.xpg.com.br/estudos-comprovam-que-a-existencia-de-matadouros-aumenta-o-comportamento-violento-na-sociedade.html
  5. http://www.youtube.com/watch?v=dk7LPUHes8U
  6. Livreto “Paz e Amor Bicho”
 Aqui está o  livreto “Paz e Amor Bicho” com muitas informações sobre o consumo de carne e suas consequências. Clique na imagem para abrí-lo!

Sobre Luciano Pillar

Brasileiro de Porto Alegre, RS. Segundo um leitor: "Capaz de despertar as pessoas através das letras, mesclando temáticas improváveis e fazendo-as chegar a conclusões maravilhosas". Veja mais aqui.
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17 respostas para Para quê comer carne? – parte 2

  1. Van Halen 5150 disse:

    Caríssimo e prezado amigo Luciano,

    Não endosso as razões científicas arroladas. Como já referi anteriormente, essas e tantas outras (contra ou a favor) são “demasiadamente provisórias e, irritantemente, contraditórias” para o meu paladar. Mas se o fim justifica os meios, devo aceitar eventuais mistificações. É assim que o nosso rebanho funciona. Prá mim, no entanto, uma só razão é suficiente para justificar a abstinência da carne: GENEROSIDADE.

    Ahhh… no meu primeiro comentário ao teu post anterior, escrevi: “Lamentável é a matança organizada, institucionalizada e EVITÁVEL. Algumas cenas do documentário nos lembram que a crueldade é ainda mais abjeta, quando cotidiana.” Pois é, se bem lembro (ajuda, aí!), já passamos perto disso em um texto, aqui do teu blog que falava s/ violência. Não tenho certeza, mas fiz alguma ref. ao A. Camus… algo s/ violência x instituições de violência. Enfim, fiz a conexão. Lembra disso?

    Abçs.

    • Caro amigo,

      É difícil provar estritamente, usando nossos meios, percepções e palavras, muitas coisas. Por exemplo, o que é, exatamente, a eletricidade? E as ondas eletromagnéticas? Apesar de só termos hipotéticos modelos e explicações, moldamos toda uma sociedade usando estas formas de energia.
      De minha parte, não tenho dúvidas de que sinto a todos mais “pesados” após um churrasco do que depois de uma refeição vegetariana. E sei que nunca me senti bem quando estive acompanhando o extermínio e o ato de carnear a próxima “refeição”. Já vi ovelhas, porcos, galinhas e vacas sendo mortos. E, quando era permitido, alguns animais selvagens, como perdizes, marrecos, tatus, jacarés e peixes, dos que lembro.

      Já vi a aura humana claramente uma vez e difusamente poucas, mas conheço pessoas que tem esta capacidade nata e a treinaram. E já li o suficiente sobre o assunto para considerar como verdadeiras as percepções destas pessoas que acrescentam a de tantos que são cegos a isso. O que eles dizem é que nossa parte não física turva-se e diminui a intensidade e a vitalidade com a alimentação carnívora.

      E esse asunto pode ser demonstrado na prática e literariamente de forma praticamente indefinida. De minha parte, não estou com essa intenção. De fato, pretendo encerrar por aqui minha participaçào nesta área. (mas, do futuro, só Deus sabe…)

      Sim, caro amigo, lembro que falastes em Camus num comentário de um texto anterior. Depois vou dar uma olhada onde e em que contexto. Quem sabe não conectamos mesmo com este texto.

      Grande abraço.

      • Van Halen 5150 disse:

        Grande Luciano!

        Sempre ponderado e cordial! O Carl Sagan, outro cavalheiro (assim como nós… hehehe), disse algo + ou – assim: “Diante da vastidão do Universo e da eternidade do tempo, é uma alegria para mim, partilhar uma época e um planeta com o amigo.”

        Enfim, voltando ao tema do post…

        Não tenho NENHUM contraponto específico, claro ou definitivo às razões científicas arroladas, contra ou a favor. Excetuando a notória (prá mim, ao menos) constatação de q a ciência virou um amontoado “pop” de verdades provisórias, minha ponderação à respeito é outra: Por q é necessário legitimar uma postura, sabidamente GENEROSA, com as muletas da ciência? E dessa ciência, q ora aponta prá cá e, logo depois, prá lá?

        Sei q não é o TEU caso, mas constato, por exemplo, na briga entre a militância carnívora e o ativismo vegan, os dois lados esgrimando com “verdades científicas definitivas”! Tô falando m****? Acho q não.

        Então, a generosidade, a compaixão e o respeito para com os animais são insuficientes para justificar a abstinência da carne? Fica a pergunta.

        Prá finalizar… o Camus fez uma comparação interessante, entre violência x instituições de violência. O horror da segunda não faz da primeira, uma beleza, claro. Não é por aí. Mas a distinção é importante e auxilia na compreensão das diferenças relacionadas, inclusive, ao hábito de comer carne. Exemplo tosco: ir lá no galinheiro, escolher uma penosa gordinha e torcer o pescoço da infeliz prá fazer uma canja para a vovó doente é DIFERENTE de criar as galinhas nessas “instituições”, criadouros e matadouros mostrados no vídeo q tu postaste. Outro exemplo: matar soldados no campo de batalha é DIFERENTE de matar civis para cumprir políticas genocidas. É isso, existe o RUIM, mas existe o PÉSSIMO.

        Enfim, parabéns pela decisão. Abdicar do filé não é fácil. E acho q a tua motivação foi (diz, aí!), principalmente, generosidade! Nossas discordâncias, pontuais (acho), não minimizam a admiração e o apoio q a tua postura merece. Afinal, concordamos em discordar, não é mesmo?

        Abçs, (extensivo aos cães!)

        • Luciano Pillar disse:

          Caro VH 5150,

          O que existe é a natureza e a ciência é apenas um método de visualizá-la, descrevê-la e entendê-la. Assim, não há como ela não pular de um lado para outro com o passar do tempo, pois a natureza é muito mais ampla e vasta do que podemos perceber com nossos sentidos conhecidos e com a ciência. Como você, acredito que ser generoso e bondoso para com tudo e todos, incluindo, é claro, os animais, é razão mais do que suficiente para fazer o que é perceptivelmente correto. Não vejo necessidade de justificativas científicas. Mas, como costumamos ter a ciência como a detentora da verdade nesta nossa cultura, podemos lançar mão de algumas de suas constatações quando falamos com algumas pessoas que se sensibilizam com isso.

          Mas, nem tudo no texto é “ciência”. Pelo menos não ainda. A energia gerada num matadouro, por assim dizer, que aumenta a criminalidade regional parece não ser, ainda, área da ciencia.

          Sem dúvida, tem o ruim e o péssimo, mas o último não melhora a qualidade do primeiro. Podemos não fazer o ruim simplesmente. Ou fazê-lo apenas para não chegarmos a consequências piores ainda.

          Achei bem mais difícil largar o cigarro, há mais de 20 anos, do que a carne. Minha motivação foi a generosidade sim, mas também saber que não há como evoluirmos pessoalmente, e nem a humanidade, gerando todo o mal que está no hábito do carnivorismo. De minha parte, DEU! Não quero mais a culpa de tanto sofrimento e violência que, no fim, retorna para nós mesmos.

          Abraço

  2. Fernando disse:

    Excelente texto! (apesar de alguns errinhos ortográficos aqui e ali…) 🙂

    Mas percebo que esse aqui tem potencial para polemizar bem mais!

    Em tempo, aproveito para relatar duas experiências:

    1. Em 1997, fui acompanhar meu colega em um serviço num matadouro em São Leopoldo (na “Grande Porto Alegre”), e, me lembro ATÉ HOJE do quanto eu me senti mal naquele lugar! …O AR era “pesado” de respirar, e tinha um odor indescrítivelmente desagradável…

    2. Estou me surpreendendo com a minha resistência à “tentação da carne”… 🙂
    (devo ter ingerido cerca de 1 kg de carne em um mês!)
    (até o fim deste ano de 2011, eu chego a ZERO!)

    Paz e Luz, meu camarada!

    • Luciano Pillar disse:

      Caro Fernando,

      Fico feliz que tenhas abandonado o consumo de carne. Temos boas razões para isso. No futuro ninguém comerá carne, assim como hoje (quase?) ninguém é canibal. Você pode conceber uma civilização de seres mais evoluídos – assim como nós somos mais do que os cães – agindo como grotescos assassinos? Esse tipo de comportamente é que gera o “ar” que você percebeu ser “pesado”. Esse peso está 24 horas por dia entre nós e, com ele, jamais evoluiremos além de um certo ponto. Nem jamais viveremos sem violência.

      Olha Fernando, acho que este texto teria como polemizar mais se ele se referisse à conduta de um distante e primitivo povo, mas, quando o papo é sobre nós mesmos, a tendência é calar. Sabe, é comum nas culturas atrasadas que cada um pregue, sempre, não ser culpado de nada. Infelizmente, ainda estamos neste nível. Mas, muitos já estão andando mais!!

      Grande abraço.

  3. Andre disse:

    Luciano, vc come peixe? Teria coragem de comê-lo cru?
    Vc come macarrão cru? Que tal arroz colocado no prato diretamente, tirando do saco?
    As mesas da sua casa são de madeira. Vc preferiu que a tivessem polido ou prefere em estilo rústico?

    Isso é só pra vc raciocinar um pouco.

    E nem todo mundo que come carne adoece. Depende do tipo de carne, da quantidade, da frequência, dos nervos da carne(se tiver), da quantidade de gordura no preparo, do tipo de preparo.
    Logicamente não se pode esperar boa saúde de quem come churrasco, um tipo de carne prejudicial ao organismo e repleta de gordura.
    Agora, colocar a carne no âmbito do mal é extremismo e falta de informação sobre a importância dos nutrientes.

    • Luciano Pillar disse:

      Caro Andre, eu raciocinei antes de escrever isso. E me informei também.

      Vamos por partes. Não como carne alguma, inclusive peixe. Mas já comi. Eu não só comeria como comi uma enorme quantidade de peixe cru durante uns 20 anos. Hoje lamento, mas tudo tem seu tempo. O sashimi japonês, é cru. E já comi carne bovina crua também. Kibe cru árabe e o bife tartar (alemão?). Arroz cru não. É muito duro e não se come. Mas, ossos também são duros e não são comidos por ninguém. Já a carne é macia, bem tenra. Animais carnívoros adoram carne crua. E existem herbívoros que só comem grama. O mundo real é mais amplo do que um exemplo simplérrimo que dei, mas este não é inviabilizado por isso, pois sua mensagem é bem compreendida.

      Tenho uma mesa e 6 cadeiras de madeira em torno dela. São reaproveitamento de demolição. E algumas cadeiras antigas. Casacos de couro já não tenho mais. Estamos dentro de uma coisa chamada realidade e só podemos migrar para outra realidade dando passos. Mas, antes, temos que ampliar nossa consciência sobre os fatos e ainda tomar algumas decisões. Essa é a idéia do texto.

      Quanto aos nutrientes, tem mais proteínas em vegetais do que na carne. É só saber quais os vegetais e grãos. E quanto a sais minerais e vitaminas nem se fala. Pesquise um pouco e verás. Para facilitar sua pesquisa eu coloquei um arquivo PDF neste post (livreto “Paz e Amor Bicho”) que também fala disso. Você o leu? Não esqueça que os animais tiram TODA a sua proteína (e o resto) dos vegetais. Os maiores e mais fortes animais são herbívoros.

      O consumo da carne está no âmbito do mal. Isso não é um extremismo, mas apenas um fato. Você já matou? Mate um animal e veja o quão bem você pode se sentir com isso. Se conseguir, você tem problemas sérios. Você consegue ver auras de pessoas e animais? Já viu seres não humanos? Se conseguisse e fosse a um matadouro você veria o que acontece e não é visto por quase todas as pessoas. Mas, mesmo sem ver, vá a um matadouro e sinta a energia que dali emana. Acompanhe um suíno até o momento final e sinta. É mal sim! E MUITO mal. E ele subsiste. E nos afeta. Você sabe de onde vem seu pensamento? Já o viu afetado por outros?

      Caro Andre, experimente um peixe cru. É delicioso. E carne bovina crua também. Mas, não deixe de averiguar as outras informações e sugestões que estão aqui.

      Um abração.

  4. Coveiro disse:

    Olá Luciano, eu acho a sua ideia um tanto radical demais.Comer carne não o torna mais violento ou passivo, isto não existe ! A violência sempre prevalecerá independente de nós mesmos, queira sim ou queira não.
    Você deveria abrir mais a sua mente e parar de pensar tais conclusões.O seu texto ficou bom, porém sua mensagem é muito ridícula (Desculpe o termo).Quero deixar bem claro que eu não sou à favor de qualquer tipo de violência, só não concordo com seus argumentos.

    Cumprimentos, Coveiro “O escava posts”.

    • Luciano Pillar disse:

      Caro leitor Coveiro, agradeço ter investido seu tempo em ler e comentar.

      Recomendo que você se informe um pouco mais sobre algumas questões como matéria, energia, aura, noosfera e inconsciente coletivo, evolução dos seres, incluindo os humanos, lei de atração e campos morfogenéticos, só para começar. Existem muitas pesquisas feitas sobre esses temas, algumas já bem antigas, que devem ser conhecidas para melhor expressarmos opiniões, pois assim podemos baseá-las mais apropriadamente em fatos.

      Um abraço,
      Luciano

  5. Fernando disse:

    Eu – POR MIM! – tenho uma convicção de que o nosso mundo só teria a ganhar com a redução do consumo de carne pelas pessoas!

    TUDO MELHORA! …A saúde das pessoas, a agressividade diminui, o ambiente de um modo geral ficaria mais leve, mais “fluido”, e por aí vai…

    Temos que ter por meta a redução do consumo de carne de qualquer tipo!

    Independente de que crenças alimentemos! 🙂

    Alguns tornam-se vegetarianos por solidariedade aos nossos companheiros animais, mas, EU faço questão de dizer que se um dia me tornar (totalmente) vegetariano, será por um motivo BEM EGOÍSTA: porque EU ME SINTO BEM sem comer carne!

    • Luciano Pillar disse:

      Pois é, caro Fernando, sentir-se bem já é uma boa razão para não se comer carne e não requer que se justifique demais o porquê disso. Entretanto, há quem se sinta bem comendo carne. Na minha experiência pessoal, eu me sentia bem quando era carnívoro, mas foi quando abandonei essa forma de me alimentar que percebi que nem tão bem assim, pois hoje estou melhor.

      Grande abraço.

  6. Chris disse:

    Somos todos carnivoros des dos inicio dos tempos ,não nege sua origem ,foi graças a carne açada nas fogueiras a muito tempo atraz de nossos ancestrais q podemos evoluir ser racionais …
    Não negue oque vc é….
    Somos quem somos!!!

    • Chris,agradeço sua participação, mas permita-me sugerir que você se informe mais. Há muita controvérsia sobre a origem de nossa maior inteligência (consciência, de fato) em relação aos animais ter sido originada pelo fato de termos comido carne. Na verdade, essa linha de pensamento já foi praticamente por água abaixo. Além disso, como você mesma disse, nós evoluímos. Sendo assim, tente imaginar que nós “continuamos” evoluindo.
      Um abraço,
      Luciano

  7. Leandro disse:

    Sinceramente só não comi carne humana, mas já comi carne crua e gostei, mas o mais engraçado é que todas as citações de alimentação acima fazem parte do meu cardápio e gosto de todas, sem exceção.

    • Compreendo Leandro. Muitas pessoas, nesse momento, tem o mesmo gosto que você. Tudo tem o seu tempo, com seu início e seu fim. Esse modelo de alimentação, conforme pincelei acima, aproxima-se de seu fim. O próximo, que é o vegetarianismo, também terminará um dia, pois estaremos, pelo menos alguns, um passo além. Mas, aí já entramos numa extensão desse assunto.
      Um abraço.

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